sexta-feira, novembro 12, 2004

Biografia - Simas Machado

José Augusto de Simas Machado (1859 – 1927)

Nasceu em Braga a 25 de Julho de 1859, filho de António de Simas Machado e Teresa de Jesus Ferreira Simas. Fez os estudos preparatórios no Liceu de Braga. Assentou praça em 1875, seguindo o curso da arma de infantaria na escola do Exército. Foi promovido a alferes em 1881, a tenente em 1886, a capitão em 1895, a major em 1906, a Tenente-Coronel em Novembro de 1910 e a General em 1917.
Casou em 1882 com Maria da Glória Motta, e o casamento foi apadrinhado por Camilo Castelo Branco e Ana Plácido, grandes amigos da Família.
Foi Professor da classe de Sargentos, Comandante da casa de reclusão da 3ª Divisão militar e professor do ensino livre na cidade do Porto, leccionando Matemática e História. Foi redactor do Jornal “Diário da Tarde”, comandante do Batalhão de caçadores 5, com quem combateu a 1ª Incursão de Paiva Couceiro.
Foi eleito deputado à assembleia constituinte de 1911 pelo círculo de Barcelos. Em Janeiro de 1913 foi eleito Presidente da Câmara de Deputados em substituição de Vítor Macedo Pinto.
Acompanhou António José de Almeida no Partido Republicano Evolucionista, sendo eleito Deputado em 1915 e 1918. Rompeu com o Partido Evolucionista e juntou-se à União Nacional Republicana de Egas Moniz.
Em 1917 foi nomeado comandante da 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP), Serviu em França em 1917 e 1918. Aderiu ao Movimento Sidonista e durante uma licença em Portugal foi nomeado pelo Presidente Sidónio Pais, Alto-Comissário da República nos Açores e Madeira, cargo que exerce entre Abril de 1918 e Março de 1919 com a missão principal de resolver os problemas havidos com a instalação no arquipélago de uma base Norte-Americana.
Em 1919, esteve colocado em Vila Real
Em 1921 foi eleito Senador pelo círculo de Braga, integrado nas listas do Partido Liberal.
Em 1923 foi nomeado Comandante da 3ª Divisão Militar em Coimbra.
Em 1925 é o presidente do Júri no Tribunal Militar que julga os oficiais mentores da revolta de 18 Abril de 1925 (Revolta dos Fifis – Filomeno da Câmara e Fidelino de Figueiredo).
Em 18 de Maio de 1926 é nomeado comandante da Divisão Militar de Lisboa, cargo que ocupa à data da Revolução Nacional de 28 de Maio de 1926. É exonerado do cargo passados alguns dias, devido ao facto de não ter aderido ao movimento. No final do ano é passado à reforma por ter atingido o limite de idade.
Faleceu em Coimbra a 17 de Março de 1927 com 67 anos.
Fontes:
“Ministros e Parlamentares da 1ª República” – Guinote et al - Edições Parlamento
Dicionário “Portugal” de Esteves Pereira e Guilherme Rodrigues – Vol. VI – João Romano Torres